segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Sony faz painel surpreendente na CCXP 2017


Já era possível sentir uma aura diferente em torno do painel de sábado da Sony Pictures na Comic Con Experience desde a Spoiler Night na quarta-feira, quando os primeiros visitantes do evento viram no estande do estúdio uma seção dedicada ao filme do Venom. Se em outros anos a empresa apenas testou águas (como em 2016 quando mostrou com exclusividade ao público do auditório Cinemark meros dez segundos do trailer de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”) em 2017 ela veio com tudo para a CCXP, ainda que de forma sorrateira: a princípio, a grande atração de sua apresentação seria a presença do ator e músico Nick Jonas e, em menor grau, do produtor Jason Blum.

Não foi muita surpresa, então, que o salão principal da feira tenha praticamente se esvaziado e renovado seu público entre o fim das apresentações da Disney e do começo do da Sony, um intervalo de uma hora e um painel (o centrado em Danai Gurira, a Michonne de “The Walking Dead”) que se provou crucial demais para muita gente que madrugou na fila. Era a prova de que a Sony estava preparada para fazer uma ação sem precedentes na curta história da CCXP para vender seus filmes, além de pegar desprevenido quem acreditava que o ápice do dia ia ser o trailer estendido exibido na Comic-Con de San Diego de “Vingadores: Guerra Infinita”.

Depois de um rápido recado de Genndy Tartakovsky e a exibição do trailer já lançado de “Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas”, as luzes do auditório se apagaram repentinamente e ficaram uns bons dez segundos desligadas. O público estourou em alegria quando o suspense revelou-se ser feito para o painel da animação do Homem-Aranha de Miles Morales produzida pela Sony Animation, que teve o título (“Homem-Aranha no Aranhaverso”) e o primeiro trailer divulgados na CCXP, confira a prévia abaixo.






O público já estava em estado catártico quando veio o anúncio de que Phil Lord e Chris Miller, os diretores da animação e responsáveis pelos dois “Anjos da Lei”, foram anunciados de surpresa no painel, o primeiro anúncio do tipo na história do evento. Ovacionados, a divertida dupla logo fez piada dizendo que só haviam vindo para ver Nick Jonas e que tinham passado no Mercadão antes para comer toneladas de mortadela.

Proibida de ser filmada ou fotografada, a conversa com os diretores foi bastante produtiva. Os cineastas revelaram que toparam entrar no projeto com a condição de que seria protagonizado por Miles Morales e não Peter Parker e de que a animação seguiria um molde mais fiel aos quadrinhos, cujas artes os interessavam por sua beleza estilizada e dinamismo na ação em painéis. Miller disse que esse desejo só conseguiu ser realizado graças à equipe da Sony Animation, que conseguia fazer de cada frame do longa “um desenho próprio”.

Entrando no filme em si, a dupla revelou que a história se passa em um universo diferente daquele visto nas produções da Marvel Studios e que trata do primeiro grande desafio de Miles enquanto super-herói. Peter Parker existe neste mundo, mas diferente de sua contraparte jovem no live-action ele está mais adulto e precisa servir de mentor ao protagonista. “É um grande filme de ação, mas Miles é um cara engraçado” disse Lord, que depois afirmaria que o filme é “sobre pessoas comuns que salvam o mundo e não quem foi escolhido para tal” e que a dupla espera que essa mensagem se reflita no público.

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